Um cliente me perguntou sobre assinantes inativos e respostas às newsletters — o quanto isto influenciaria a entregabilidade de email?
Segue minha resposta:
“Eu estava curioso com o pedido da lista de inativos da semana passada e agora entendi o motivo 🙂
Diversos estudos indicam que a segmentação por engajamento — tratar de forma diferente quem engaja mais e quem não é engajado — traz bons resultados e hoje ela é considerada uma boa prática estabelecida.
Continuar enviando mensagens para quem não as abre certamente prejudica a entregabilidade. Há grandes chances dessas mensagens estarem indo para o SPAM da pessoa e, se continuamos mandando, isto reforça para os provedores que temos comportamento de spammers.
(Basta você olhar sua pasta de SPAM e vc encontrará nela mensagens de remetementes legítimos que você não tem ideia de como foram parar lá. Provavelmente, é porque você ficou sem engajar com elas algum tempo, então o Google passou a direcioná-las para o SPAM.)
Uma boa prática é segmentar a lista em dois grupos diferentes: os mais engajados e os menos engajados. E enviar separadamente a newsletter para os dois grupos: primeiro para os engajados e algum tempo depois para os não-engajados (1 hora, 2 horas, 1 dia… o maior tempo possível).
O engajamento natural que acontecerá com o primeiro grupo envia sinais que são monitorados pelos provedores de email (aberturas, cliques, rolagem de tela, tempo de leitura, etc.) e, ao perceber que o engajamento é bom, eles favorecerão a entregabilidade do segundo grupo.
Ao longo de alguns meses, isto melhora a entregabilidade como um todo do programa de email marketing.
Além disso, é recomendável fazer periodicamente campanhas de re-engajamento (ou win-back) para reativar os assinantes inativos (desengajados).
Eventualmente, aqueles que não reengajarem são removidos da lista.
Quanto às respostas, sem dúvida, elas são um dos sinais mais fortes de engajemnto.
Na mensagem de boas-vindas, uma tática eficaz é perguntar qual a principal dúvida ou curiosidade que a pessoa tem sobre o tema da newsletter. Além de melhorar a entregabilidade das futuras mensagens para quem responder, vai trazer bons insights para o negócios.
Ou então fazer uma pergunta bem simples, que seja bem fácil de responder (neste caso, o benefício é só para a entregabilidade.)
Por exemplo: “Como você ficou sabendo sobre a nossa newsletter?”
Nas mensagens regulares da newsletter, uma tática é simplesmente perguntar o que a pessoa achou, se tem comentários para compartilhar, etc. O problema aqui é que vai gerar um trabalho de atendimento às respostas (todas as respostas precisam ser lidas e tratadas quando necessário). Dependendo do volume, pode ser inviável usar essa tática em todas as newsletters.
Eu sigo os preceitos de Chad White (Email Marketing Rules) e ficarei feliz em enviar mais detalhes e sugestões de melhoria para a gestão da newsletter :)”